A IMPORTÂNCIA DO SETEMBRO AMARELO
por Hugo Henrique Nascimento | May 11, 2023 | eSocial
Tempo de leitura: 3 - 5 minutos
Anualmente, no Brasil, são registrados cerca de doze mil suicídios. É uma triste realidade que vem aumentando, sendo mais recorrente entre os jovens, e mais comumente relacionada a transtornos mentais. Desta forma, a Associação Brasileira de Psiquiatria – APB, juntamente com o Conselho Federal de Medicina – CFM, criaram a campanha Setembro Amarelo.
Trata-se de uma campanha que visa reduzir os números de suicídio no país, ocupando espaços públicos e privados com a finalidade de conscientizar a sociedade sobre este tema tão sensível e importante. Ainda visto como um estigma, o tema suicídio precisa ser desmitificado.
Definido como um ato consciente e intencional, cuja intenção seja a morte, o suicídio é uma questão de saúde pública e um fenômeno multifatorial, resultado de uma interação entre fatores psicológicos, biológicos e sociais. É o ponto final de uma longa trajetória. Portanto, é fundamental reconhecer os fatores de risco como uma das formas de prevenção. Os dois principais fatores de risco são: tentativa prévia de suicídio e doença mental.
Há uma estimativa de que 50% dos indivíduos que se suicidaram já haviam tentado anteriormente; e doenças mentais estão presentes em quase todos os suicidas, ainda que sem um diagnóstico correto e sem tratamento adequado. Entre os transtornos, destacam-se a depressão, o transtorno bipolar, transtorno de personalidade, alcoolismo e abuso de outras drogas. Ainda, é importante considerar sintomas depressivos como a desesperança, desespero, desamparo, impulsividade, entre outros. Outro fator de risco são as doenças clínicas não psiquiátricas, como câncer, HIV, doenças neurológicas, cardiovasculares, pulmonar e reumatológicas, nas quais os pacientes podem apresentar sintomas depressivos e comportamento suicida.
Os fatores sociais também devem ser considerados, tais como desemprego e trabalho não qualificado, causando um aumento da taxa de suicídio em períodos de recessão econômica.
Atualmente, devido a pandemia do novo coronavírus, muitos têm enfrentado perdas sociais, afetivas e econômicas, como o desemprego, luto e incertezas, fenômenos estes que podem desencadear um estado depressivo ou a piora de transtornos mentais que já estavam presentes.
Alguns dos sintomas a serem olhados com cuidado e empatia são: ansiedade ou sensação de vazio, falta de esperança, perda de interesse e prazer, alteração do sono e do humor, irritabilidade, isolamento social, perda ou aumento do apetite e discurso sobre morte e partida.
O tabu do suicídio, muitas vezes, é reproduzido de forma inconsciente, por isto é necessário atenção ao tratar o tema, entendendo que o sujeito que fala de suicídio não o faz para chamar atenção. É preciso respeitar a dor do outro e não julgar quem apresenta comportamento suicida.
Para buscar ou oferecer ajuda, é importante procurar profissionais capacitados, como psicólogos e psiquiatras. O CVV – Centro de Valorização da Vida oferece, gratuitamente, apoio emocional e prevenção ao suicídio e para informações sobre o atendimento, disque 188.
Referências bibliográfica: Campanha Setembro Amarelo
AUTOR:
Hugo
Henrique Nascimento
Tem alguma dúvida? Entre em
contato com a gente!
41 3082-8281